Uma imensidão de degraus

10.7.09

São os teus braços. São eles que me prendem, que me deixam tonta. Sempre deixaram. E naquela noite em que todos rodopiavam e ele chegou para nos lembrar o que já fomos, matar as saudades de ti era só mais uma pequena vertigem. O Jogo ficou decidido no primeiro minuto da noite; o meu corpo só dançava para os teus olhos que ficaram parados em mim. Foi assim. Passou muito tempo…deixamos passar muito tempo.

Não importa como chegamos…já cá em baixo, presa no teu abraço e no desequilíbrio de ser tua outra vez, os beijos disseram todas as coisas que não podemos. Olhámos para cima, olhaste para mim e num sorriso lembras-me “são seis andares, uma imensidão de degraus…”

Foi uma subida de sorrisos, memórias e coisas novas…tudo junto, tudo. E sempre devidamente compassado, como se a musica nos tivesse ficado no corpo. Sem pressas, a ver os carros e as pessoas a ficarem pequenos, tão pequenos quando nos afastamos…e sorriamos. Um andar de cada vez…muito devagar, sem nos cansarmos. E quando chegamos ao quarto do sexto, ainda houve tempo de ver o sol a nascer na nossa janela, mesmo antes de me aninhar em ti para dormir.

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