O alcance do protagonismo

22.5.10

Somos umas burras, é o que é. O que deveríamos fazer era fazer que somos mais do que somos. Deveríamos dar a impressão que somos muito mais do que o realismo nos deixa, dar a ideia que a última coca-cola do deserto é aqui mesmo, não há mais ninguém capaz de tudo quando conseguimos, enfim, somos as maiores em toda a verdadeira acepção do conceito.

Não é que nos encolhamos ou nos façamos menores, mas seremos realistas e ao mesmo tempo convictas que somos boas, muito boas mesmo, mas haverá melhores, piores, ou até talvez sejamos as melhores, mas achamos que não temos que nos fazer de melhoríssimas da silva. Mais, achamos isso uma vaidade inútil, uma vacuidade, achamos talvez que tanta parra esconde pouca uva, que o nosso mérito falará por nós, que temos valor e ética e basta.

Nada mais errado. O mundo não funciona assim. O mundo, feito de medíocres que se auto promovem sem qualquer pingo de vergonha, só reconhece os seus pares. Nós? Nós não passamos de umas burras. E, provavelmente, para além de o sermos, somos vistas como tal.

Comments

One response to “O alcance do protagonismo”
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Sibila disse...

Não somos nada disso melher! Vá, isso tá a precisar é duns arejamentos e doutras vistas, não é? ;)

26 de maio de 2010 às 21:31

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