O meu nome é Eva. Mas podem tratar-me apenas por "A Outra", se quiserem. Claro que de tempos em tempos cada uma de nós é A Outra na vida dos gajos com quem vamos estando. Porque existem outras prioridades, pessoais ou profissionais, é claro. E na realidade, muitas vezes eles também descem uns pontos nas nossas próprias prioridades e passam a ser eles O Outro que empata e nos limita.
No meu caso, contudo, eu sou realmente A Outra. Sou o serão no escritório, o projecto que tem que ser entregue dentro do prazo, a súbita reunião no estrangeiro que calhou em tão má hora.
Mas fiquem descansadas, não vim com o objectivo de vos contar nenhuma história de fazer chorar as pedras da calçada. Achei apenas que seria útil poder proporcionar uma perspectiva diferente. Sei lá, pode até ser que vocês desse lado, as legítimas esposas, começem a olhar-nos de outra forma e se apercebam de quanto acabamos por vos facilitar a vida :)
Ou seja, vai ser assim: estórias e historietas, umas engraçadas, outras nem tanto. Todas baseadas em factos reais e vividas por quem tem, pelos vistos, vocação inata para se meter com esse gajo com quem são casadas, com quem vivem, para quem vivem, seja o que for.
Volto em breve com a primeira. Até lá... descontraiam e aproveitem as férias tanto quanto possível, sim ?
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porque dão jeito e fazem alguma falta
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Comments
2 Responses to “Visto cá de cima”
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Seja bem vinda! :)
22 de julho de 2010 às 11:35Também já lá estive (se calhar já lá estivemos todas como dizes...) e ser a Outra tem algumas vantagens, recebemos muito do bom e quando há mau podemos mandá-lo de volta à legítima para que lhe ature as birras. Mas também tem desvantagens, tem planos feitos ao longo de meses que se desfazem com um simples telefonema, tem a espera por vezes interminável por um telefonema que nunca mais chega... enfim, é o estarmos sujeitas às condições da legítima e de tudo o resto que nos passa à frente, os filhos, o trabalho, e às tantas ser a Outra já não tem assim tanta piada porque pelo menos uma vez na vida pensamos que merecemos bem mais! Mesmo que seja apenas ilusão, ninguém é dono de ninguém, mas as legítimas bem se gabam e puxam dos galões por vezes até nas nossas barbas (se sabem ou não... e eu acho que sabem! E se calhar algumas até agradecem!)
Obrigada pelas boas vindas, Sibila ! Concordo, a grande maioria de nós já lá esteve, com certeza. E sim, há imenso a dizer a propósito, foi precisamente o que me levou a aderir :)
22 de julho de 2010 às 12:52Enviar um comentário