O alcance do impossível

12.10.09

é bem sabido que aquilo que não podemos ter é o mais desejado. tanto ouvidas ou proferidas foram as minha orações que teria não um ou dois mas vários à escolha, como que em passando de um período de jejum prolongado, de repente se me aparecesse um restaurante enorme em frente dos olhos, repleto de iguarias, umas com melhor aspecto, outras menos, mas ainda assim com pratos variados à escolha.
pois que o único prato que queria, o único que me fez salivar à passagem pelos olhos, me fez imaginar o seu sabor e cheiro únicos, um banal prato do dia sem qualquer tipo de requinte, é o que está esgotado. típico, pois.
em sendo assim, penso em escolher talvez o que menos me apetece comer e, vomitando-me por dentro, deixando que me corroa as entranhas, me provoque indigestões brutais, me corrompa, me fure o estômago, me faça buracos no intestino, me mate.
isto porque é nestas coisas que me descubro - completamente ao contrário do que possa parecer - muito mais masoquista do que sádica.

Comments

One response to “O alcance do impossível”
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Anónimo disse...

Preferia passar fome!!!!!

20 de janeiro de 2010 às 14:18

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